Professora Izilda espera maior empenho dos países, assim como o do Brasil, França e Russia. Afirma ainda que quanto mais preparados estiverem, melhor serão avaliados.
Foi realizada uma entrevista com a professora Izilda. Confira:

LMD- Quais são as suas expectativas para este IV Jogo Cenecista da ONU?
I- As minhas expectativas para o IV Jogo Cenecista da ONU são as melhores possíveis. Espero que esse Jogo supere o que foi realizado no ano passado, o que já foi muito bom. Os temas a serem discutidos mudaram e parece que estão gerando bastante polêmica.
LMD- O que você espera das delegações deste 4º Jogo da ONU?
I- Eu espero mais empenho das delegações. Vejo apenas que alguns grupos do 2º A estão em plena mobilização. Como por exemplo, as delegações da Rússia, do Brasil, da França. (desculpe se esqueci alguma).
LMD- Os temas deste ano implicam em discussões sobre temas complexos. Como você pretende avaliar as delegações neste sentido?
I- A minha avaliação será feita a partir da preparação das delegações. Aquelas que possuíram mais argumentos para defender seus pontos de vista , certamente serão bem avaliadas.
LMD- A clonagem humana implica em posições totalmente opostas. Como você se posiciona neste sentido?
I- É um assunto polêmico, principalmente para aqueles que foram criados dentro do catolicismo. Mas cientificamente falando, eu creio que a clonagem feita com ética só trará benefícios à população. Será a medicina do futuro, mas acredito que vai demorar um pouco até chegar a todos nós.
LMD- Você acha que os países do BRIC se tornarão as novas Europa e América do Norte?
I- Acredito muito, os países que compõem esse bloco estão crescendo muito e de forma sustentável. Veja o caso do Brasil – a crise de 2008 não afetou tanto a nossa economia. Segundo os dados do IPEA, o Brasil fechará o ano com um crescimento próximo de 7% e com 14 milhões de empregados. A China é imbatível, já é a segunda economia mundial, superando o Japão. A União Européia está em crise e nos EUA a taxa de recuperação econômica é mínima. É a hora e a vez dos “emergentes”.
LMD- O biodiesel se torna cada vez mais presente em nossa realidade, especialmente no Brasil, um dos maiores produtores do mesmo. Você acredita que as mudanças que ele traz são possíveis de ocorrerem em áreas subdesenvolvidas, como na África?
I- Acredito que se os investimentos estrangeiros aplicados naquele continente na produção do biodiesel, se forem feitos com respeito ao meio ambiente e ao povo, tem tudo para dar certo. Existem muitos países africanos com terras, clima e mão-de-obra disponíveis ao cultivo, principalmente da cana-de-açúcar.
LMD- No Conselho de Segurança temos uma faca de dois gumes. Se as tropas deixarem o Afeganistão, o talibã pode dominar o país, caso não deixe o país, o Afeganistão continuará a não crescer de maneira alguma. Há uma possibilidade de conciliar as coisas? Como você se posiciona quanto a isso?
I- Infelizmente o Afeganistão vai agonizar por muito tempo ainda. Não será nada fácil essa missão, mas alguma coisa tem que ser feita. Acredito que se houver o fortalecimento da ONU e a boa vontade de países como dos EUA, da União Europeia , talvez consigamos salvar o povo afegão. As tropas estrangeiras não respeitam os direitos humanos daquele povo que foram abandonados por Alá e pelo mundo. Salvar o Afeganistão é uma das missões mais difíceis desse século.
LMD- Caso queira aproveitar o espaço para deixar alguma mensagem para as delegações, alguma dica fique a vontade.
I- Gostaria de dar uma dica às delegações, consultem alguns blogs que falam notícias do “mundo”. Vão aqui dois blogs: www.conversaafiada.com.br e www.luisnassif.com.br/. Outra coisa estou disposta a ajudá-los.
